terça-feira, 18 de setembro de 2012

O eleitor e o senso comum




Dione de Souza Ferreira ao comentar minha postagem no Facebook sobre as palavras de Luciano Ducci, no debate da CNT, quando diz que os 4.000 moradores de rua preferem aí residir, assim expressou:

"seu Laercio, , nao se choque mas é estatisctica, salvo reduzida minoria eles gsotam de mora na rua sim, sou testemunha presencial e uqe tentamos tirar varias crianças da rua e pasme eles retornam espontaneamente para as ruas, infelizmente o medico tem razao. e foi mto corajoso em dizer nesta epoca tao delicada para os eleitores."

Para não ser deselegante com ela, não comecei com Sua Dione, ou Dona Dione, o que é forma menos que polida de dirigir-se às pessoas em público, e apesar de divergências políticas e de compreensão da realidade, o nosso adversário merece sempre respeito, porque adversário são aqueles que nos apontam nossas fragilidades, agora os inimigos, quando nos damos ao luxo de elegê-los, estes buscamos aniquilar com mesquinharias. Mas enfim, tive o tempo necessário para rebater o comentário de nossa leitora, infelizmente, sem nenhum motivo para concordar com ela. Diga-se de passagem, há um princípio filosófico que diz, que o que podemos afirmar sem provas, pode igualmente ser negado sem provas, o que é bem o caso das estatísticas de nossa leitora, mas vamos à resposta:

Lamento não ter sido possível comentar a sua participação em meu Facebook antes, mas sou médico e atuo na área de psiquiatria há mais de 23 anos, tendo sido Secretário de Saúde de municípios no Paraná e em São Paulo, diretor de hospital psiquiátrico e atuado quando da implantação do SUDS há muitos anos! Não fico chocado com muitas coisas, mas com cinismo, isto sim, incomoda-me! Fico pensando, onde você tem estatísticas que mostram que os 4.000 moradores de rua em Curitiba preferem lá permanecer? Como comparar as crianças que voltam para a rua depois de retiradas, crianças que vivem em situação de fragilidade e risco, em famílias desestruturadas pelo álcool. pela violência, pela falta de creches estruturadas em tempo integral, com adultos sem horizontes e esperanças? Discordo frontalmente de você, infelizmente nosso prefeito não foi, nem corajoso e nem tem razão. Mostrou absoluto despreparo, mostrou que pego em situações não treinadas pelos marqueteiros gagueja, fala baixo, e eventualmente pode até ter as tais estatísticas de que você fala, que me parecem, desculpe-me a sinceridade, aquela que fazemos entre as pessoas que gostam do cafezinho da esquina! Curitiba não tem estas estatísticas, Curitiba não tem sequer as estatísticas de quantos médicos atuam na Secretaria de Saúde do Município! Corajoso teria sido dizer, que os moradores de rua são um desafio, que muitos depois de se lhes oferecerem pousada, alimentação e saúde, ofertas de treinamento e inserção no mercado (e olha que são relativamente poucos 4.000), mesmo assim há falhas na política de assistência social que faz com que um percentual estatisticamente levantado, e publicado, retornam à rua! Mas hoje nem política de atenção social existe! Não, não se trata de coragem em período delicado (não para o eleitor sublinhe-se, mas para alguém que representa 23 anos de estagnação política e quer continuar agarrado ao osso), se trata de despreparo, de absoluto desconhecimento da realidade da rua, da pessoa que precisa mais de uma prefeitura que gasta mais de R$ 3 milhões na praça do Batel e de R$ 2 milhões na Augusto Stresser, só para exemplificar, mas não consegue pagar decentemente os médicos e os submete a condições indignas para eles e para os pacientes! Coragem é viver na rua em Curitiba, nas suas mais variadas formas, e enfrentar o preconceito da máquina pública, que como reposta só sabe dizer: eles querem viver lá! Um candidato a prefeito que atua na administração pública do município há mais de 10 anos poderia ter dito um pouco mais! Suas estatísticas senso comum, não podem afastar o óbvio. Posso gostar de Luciano Ducci, posso até votar nele, mas que ele mostrou muito despreparo no debate mostrou! O resto é privilégio, não é?


sábado, 15 de setembro de 2012

Orgulho de Ser Candidato




Orgulho-me de minha candidatura a Vereador, porque sei com que responsabilidade e respeito busco o voto dos homens e mulheres que dividem comigo o espaço público da cidade onde vivemos!
Orgulho-me desta candidatura porque reconheço a dignidade da função do Vereador, a dignidade do mandato que poderei receber, e da luta que faço para fazer compreender meus concidadãos, que este não é o menor dos poderes numa república, mas talvez, o maior!
Orgulho-me de que minha plataforma, seja redignificar esta função pública elevada, e propor a vocês uma cidade que busque superar hoje e sempre os seus não ignoráveis:

Preconceitos!

Com você, por vocês, e apenas nesta relação de confiança e compromisso, peço seu voto:

70707


Uma Cidade sem Preconceitos




Não se faz uma cidade sem preconceitos apenas com discursos, promessas e boas intenções. Uma cidade sem preconceitos se faz com luta, educação, esclarecimento e compromisso.
Podemos entender como preconceito a atribuição social de malignidade a determinados indivíduos e grupos, porque não nos damos ao trabalho de uma reflexão sobre o sentimento primeiro que nos assalta ao vivenciar uma nova realidade social. Para Carone constitui-se de “um conjunto de opiniões, crenças e atitudes negativas contra grupos socialmente discriminados e se fundamenta no medo irracional que desenvolvemos em relação a eles. A falta de contato e convívio mais próximo com os grupos socialmente discriminados contribui, sem dúvida, para aumentar esse medo."
Como sempre temos que encontrar um inimigo, um culpado para nossos fracassos, que são certos, na medida em que todo aquele que tenta não acerta sempre e assim, o preconceito é a manifestação de nossas insuficiências e fraquezas!
O erro não esta em termos preconceitos mas antes, de permitir que estes preconceitos alcancem o espaço social, que transbordem de nossa má consciência e que não nos permitamos reavaliar nossas crenças à luz da razão e do amor!
Um cidade preconceituosa terá sempre uma falsa imagem de si mesma, parecerá uma metrópole, mas será sempre um pequeno burgo, onde infelizmente poderemos encontrar homens e mulheres abandonados pelas ruas, comendo as migalhas abandonadas por aqueles onde há sobra sem reflexão!
Dizia Santo Inácio de Aantioquia: “O pão que sobra em nosso prato, é aquele que falta no prato de quem tem fome!”
Sou contra o preconceito, não contra o preconceituoso, este, se meu agir for sincero, compreenderá que apenas com esforço somos capazes de respeitar a dignidade e a diversidade de tudo que diz respeito ao humano!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma História inexplicável


(Enquanto isso nosso lixo fica exposto na Fazenda Rio Grande!)


Uma das promessas de campanha de Beto Richa e de Luciano Ducci na campanha de 2008 foi resolver o urgente problema do Lixo em Curitiba.
Hoje o Lixo é um problema, mas também uma fonte de enriquecimento, disputado por muitas empresas que recentemente se envolveram em escândalos de corrupção com governos Estaduais e Municipais!
Há verdadeiros cartéis que administram o Lixo no país, reproduzindo-se como grandes teias que corrompem as administrações municipais!
Hoje no Debate da CNT, Grecca chegou a mencionar a Estre, mas não podemos esquecer que a empresa tem interesses importantes em que a situação de impasse e de inércia administrativa da prefeitura permaneça e se perpetue. O que não entendemos é porque o Ministério Público nada fez até agora, e porque a prefeitura sequer ensaiou uma solução para o Lixo em Curitiba!
A promessa de Beto e Ducci foi:
“Promover o máximo aproveitamento dos resíduos e reduzir a destinação em aterro. Com o SIPAR (Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos) será possível aproveitar 85% dos resíduos destinados atualmente ao aterro.
Nada, absolutamente nada foi feito nestes quatro anos, e a situação do lixo em Curitiba é comprometedora, o aproveitamento dos resíduos hoje é de 0%, e pagamos uma fortuna mensal para aterrar o lixo em local particular.
Curitiba não merece isso!

Pesquisa DATAFOLHA em Curitiba




A última pesquisa do DataFolha em Curitiba aponta definitivamente para o quadro que já vinha se desenhando, que era o da liderança isolada de Ratinho Jr como candidato à prefeitura de nossa capital!
Obviamente pesquisas não ganham eleições mas, entre acertos e erros, Ratinho Jr tem errado menos, tem apoio e apelo popular, é jovem e o que o impede de ganhar no primeiro turno é apenas uma coisa: PRECONCEITO!
Infelizmente é isso. Sejamos sinceros.
Na noite de hoje pelo FACEBOOK os multiplicadores da campanha de Gustavo Fruet numa tentativa de melhorar os índices do candidato lançaram uma campanha bastante preconceituosa e até diria pedante. Um quadro negro com a frase:

Eu sou isso, ou aquilo! Voto 12!

Sinceramente, deu-me vontade de fazer um quadro igual e colocar lá:

Sou cidadão, não tenho preconceito! Voto 20! RATINHO JR!

Verdade é que estamos em campanha, verdade é que independente do que faça na vida, do que eu seja, eu sou um cidadão, valho apenas um voto, como todos os outros curitibanos, desde os mais humildes, até os mais abastados!
Verdade é, que com preconceito não se vai a lugar algum! As pesquisas mostram que, a alegria, a juventude, a identificação popular, fazem de RATINHO JR o homem do momento, o menino do momento como já foram Jaime Lerner e muitos outros prefeitos em seu primeiro mandato!

Caridade e Misericórdia




Dois são os atributos fundamentais de Deus, a Caridade, amor sem limites e a Misericórdia, o perdão sem limites.
E Deus, feito homem em Jesus de Nazaré disse:

Dicit illi Iesus: Non dico tibi usque septies; sed usque septuagies septies.
(Mt 18, 22)

Uma das passagens mais belas de Mateus, traz nas palavras de Deus feito homem que devemos exercitar a Misericórdia não sete, mas setenta vezes sete. Ou seja, infinitas vezes!
Assim, é que construímos uma vida que permite a todos, paz, esperança e felicidade.
Vou parafrasear para pedir a vocês que não esqueçam este que vos pede o VOTO:
Não digo perdoar setenta vezes (70), mas setenta (70) vezes sete (7), ou seja 70707!

A todos que compartilham comigo a infinita esperança de mudança, de crescimento e de renovação, desejo uma doce noite de sonhos, porque amanhã, muito cedo, há muito trabalho a fazer para tornar a cidade dos Homens, a cidade de Deus!

A cidade e seus delírios




Quando ainda era criança, ouvia falar sempre de uma cidade que tinha como epíteto: Cidade Sorriso!
Cresci ouvindo isso, mas também ouvia todos dizerem que seu povo era carrancudo, uma cidade onde fazia sol menos que 100 dias por ano, e que as pessoas que para ela migravam reclamavam sempre da pouca receptividade de seu povo!
Mais tarde a mesma cidade recebeu um novo epíteto de Cidade Ecológica, até que muitas reportagens e estudos de organizações internacionais demonstraram que ela não tinha a maior quantidade de verde por habitante no Brasil e perdia inclusive para cidades bastante poluídas.
Depois de algumas décadas todos nós estávamos convencidos de viver numa cidade de primeiro mundo, mas então veio a campanha eleitoral e descobrimos que a saúde vai mal, que o prefeito faz campanha de reeleição numa escola da Suíça que não se parece com as escolas do Sítio Cercado ou dos Bairros Novos, que há muita miséria bem ao lado do Parque Tinguí, que crianças com Down não conseguem medicação básica nos programas da prefeitura!
Sim, amamos nossa cidade, mas é exatamente por isso que devemos perceber que não havia necessidade de gastar mais de R$ 3 milhões de reais na pracinha do Batel, porque há muito mais necessidades de creches, de asfaltar e melhorar a via pública no Pinheirinho ou na Fazendinha!
Não adiante esconder a realidade, porque quando desmistificada, criamos outro epíteto, apenas para mais adiante nos confrontarmos com a dolorosa constatação de que não era bem assim!
Hora de Mudar!
Hora de votar 70707!

Mais uma herança maldita de Requião




Realmente Roberto Requião legou ao Estado do Paraná uma herança maldita, que foi a da concentração da arrecadação do ICMS em poucos, muito poucos, objetos de consumo e ao contrário de qualquer vida inteligente, tributou excessivamente transportes, combustíveis, energia elétrica e comunicações.
Lógico que tal política de esconder o imposto estadual em formas não fiscalizáveis diretamente pelo contribuinte geram distorções e aberrações no sistema tributário, que agora com o estelionato eleitoral da redução da tarifa de energia elétrica vai ter um custo para o Paraná de R$450 milhões.
Hoje pagamos mais de 40% sobre o consumo de energia elétrica apenas a título de ICMS no Estado do Paraná, por óbvio que uma redução drástica e eleitoreira na tarifa, irá causar prejuízo na arrecadação do Estado. Mas esta política equivocada de transformar o ICMS em um imposto não declaratório foi fruto da falta de inteligência viva na administração tributária no período Requião, marcado pelo desmazelo e pelo abandono das políticas fiscais, como verdadeira irresponsabilidade.
Decepcionante foi a reação do Secretário de Estado da Fazenda que se colocou contra a redução da tarifa, que se pode descer 16% é porque nós brasileiros vínhamos sendo sobretaxados na tarifa de energia, até porque nada aconteceu para barateá-la, a não ser a eleição do Haddad em São Paulo.
Para Hauly é mais um saque no caixa dos Estados e Municípios. Ora, todos sabemos que o governo federal vem desde o início do Governo Lula da Silva fazendo uma imensa concentração da arrecadação tributária no Governo Federal. Sabemos também que a guerra fiscal desencadeada pelos Estados vem sucateando o setor público dos Estados e municípios e a administração tributária. Sabemos ainda que desde a mudança dos governos estaduais em 2011, ninguém, repita-se, ninguém propôs qualquer alternativa à política de concentração da arrecadação tributária e das deformações do sistema, nem em nível federal, e igualmente no nível estadual.
Sim, a redução da tarifa da energia elétrica é indecente sim, mas mais indecente é reclamar dela e não dizer que o Estado do Paraná, como todos os outros estados, nada fez para melhorar o perfil de sua arrecadação tributária, e aqui a coisa é mais vergonhosa pelo tamanho da tributação. Vamos falar a verdade, o problema do Secretário de Estado da Fazenda é que no Paraná, por conta dos desmandos de Requião, o Estado é dependente do que arrecada com transportes, combustíveis, comunicações e energia elétrica, porque nestes setores o ICMS já é maior que 40%. Assim, não há o que reclamar quando uma medida atinge uma cesta tão pequena de produtos onde se dá a arrecadação.
Outro problema, muito mais grave, é que é mentira a desoneração de impostos para as pequenas empresas e microempresários no Estado do Paraná. Claro, eu diminuo ou extingo as alíquotas sobre a circulação de suas mercadorias, mas aumento exponencialmente os impostos sobre luz, combustível, transporte e comunicação, impostos que o pequeno empresário não vê, mas que paga da mesma forma e na mesma proporção que o grande, mas que para ele tem um impacto muito maior!
Uma medida que é infelizmente eleitoreira e inadequada é aumentar também o Luz Fraterna em 20%. Ora, se eu reduzo a tarifa em janeiro de 2013 em 16% e aumento a faixa de beneficiados pelo Luz Fraterna em 20% o que acontece com a arrecadação do tributo?
Vamos deixar de ser ingênuos, não há nada de graça no mundo, não há geração espontânea de bondades, alguém tem que pagar por aqueles que não pagam. Não há mágica, o que nos resta crer que talvez o Estado do Paraná volte a ter como Requião dizia, a menor tarifa de energia elétrica e a maior alíquota de imposto, o que resultava que nossa conta de luz era uma das maiores do país!
Alguém lembra aí da COSIP? Já falamos sobre ela!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Esclarecimentos sobre a Nota do PT 5





Diz a nota:

“Ao final da propaganda de ontem, Luciano Ducci faz um trocadilho no qual associa sua imagem ao comercial de uma operadora de telefonia celular. Nesse ponto da comparação, nós concordamos. A operadora em questão tem enfrentado uma verdadeira batalha de explicações junto à Anatel, devido ao grande volume de reclamações que questionam a qualidade dos serviços oferecidos.”

O final da nota é o ponto onde estamos de acordo! Quem conhece de fato o que está acontecendo na saúde de Curitiba, sabe que toda propaganda não pode esconder a incompetência e a instrumentalização do poder público.
De toda forma a indignação da presidente do PT fala mais de sua dignidade pessoal inatacável, de suas crenças políticas românticas, e da idealização que faz de seu partido, do que uma análise coerente do oportunismo político que não é apenas de Ducci, mas acima de tudo de Dilma e de Lula da Silva!
É bom saber que ainda restam velhinhas de Taubaté entre os políticos, é bom saber que há uma no PT, o triste é ver que esta campanha em Curitiba, polida e civilizada na aparência, se mostra sórdida na utilização da máquina pública, na destruição do material de campanha de Ratinho Júnior, e no desrespeito ao eleitor.
Isto a Justiça Eleitoral não vê, por quê? Porque ela não é nem justiça, nem eleitoral, ela é instância de decisão de poder, a serviço do poder, não nos enganemos!