segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Justiça eleitoral e seus absurdos




A judicialização das eleições no Brasil são um fenômeno perverso importado do Uruguai durante a Ditadura de Vargas. Por óbvio, a instituição de uma Justiça Eleitoral, por si só, já é uma forma de manipular as eleições, porque há uma instância acima do político e da vontade popular, dizendo quem é o vencedor.
Mais absurdo ainda é a Justiça Eleitoral do Paraná ter proibido o apresentador Ratinho de se apresentar em comícios a favor do filho, que é candidato à Prefeitura de Curitiba.
Perguntas que não querem calar:
Por que Beto Richa pode fazer campanha para Luciano Ducci, e Ratinho não para seu filho?
Por que Gleise Hoffman pode fazer campanha para Gustavo Fruet e Ratinho não para seu filho?
Por que Rafael Grecca pode ser boneco de Ventríloquo de Roberto Requião e Ratinho não pode subir no palanque de seu filho?
Na realidade a Curitiba preconceituosa e que se olha no espelho arrotando peru após ter comido asa de frango, busca uma forma de impedir a ascensão da liderança popular, que Ratinho Jr. representa.
Ratinho em seu estilo popular mandou um aviso:

"Eu quero avisar os cuecas de seda que estão tentando me tirar do lado do meu filho, que estão mamando na teta dessa prefeitura faz anos, que vocês estão é se cagando de medo. Porque, na hora em que meu filho entrar na prefeitura, vai abrir aquela caixa preta, e os cuecas de seda vão ver que a cueca deles está manchada."

Apesar da forma pouco polida, o aviso é merecido. O filho de Ratinho, o deputado federal Ratinho Junior (PSC), é hoje o líder das pesquisas eleitorais, em empate técnico com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), o que incomoda os esquemas de poder hegemônico que se incrustaram na prefeitura de Curitiba há 23 anos.
Segundo o site do UOL foi Luciano Ducci quem pediu à Justiça, na sexta-feira, que proibisse o apresentador de comandar o comício do filho na periferia de Curitiba, em evento agendado para o feriado.
Antes de ser apresentador de televisão, Ratinho é pai de Carlos Massa Júnior, o Ratinho Júnior, e a Justiça faria bem em não participar do engodo para tentar inviabilizar a vitória do candidato popular.
Nossa mais que preconceituosa Justiça Eleitoral acatou o pedido, pois considerou que o uso de um artista em evento de campanha contraria a lei eleitoral, no entanto ele não está sendo pago, ele é pai do candidato, ele é a origem do capital eleitoral do candidato, o que não esbarra em qualquer artigo dos labirínticos meandros de uma legislação eleitoral autoritária e antidemocrática. Os advogados de Ratinho Junior estão recorrendo da decisão, que classificam como "censura", mas que eu classificaria como manobra para impedir o óbvio e para fraudar a vontade popular, porque por óbvio, Ratinho sobe no palanque do filho como PAI.
Disse o candidato:

"Eles estão se lascando. Estão com a máquina da prefeitura, com a máquina do governo do Estado, e não conseguem ganhar da gente”.

E o PAI:

"Chega de pegar o dinheiro do povo e rasgar para meia dúzia, que estão mamando na teta gorda da prefeitura. Chegou a hora de entregar a prefeitura para o povo".

Já passou da hora, está na hora de começar a reformar a política paranaense com o fim dos esquemas de hegemonia, que se perpetuam no tempo. Quase já conseguimos nos livrar do ogro das Araucárias, que com seu olhar esquizofrênico e sua diatribe socialista morena, queria nos impor o desleal Grecca. Agora está na hora de romper 23 anos de marasmos e vícios!

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