A
judicialização das eleições no Brasil são um fenômeno perverso importado do
Uruguai durante a Ditadura de Vargas. Por óbvio, a instituição de uma Justiça
Eleitoral, por si só, já é uma forma de manipular as eleições, porque há uma
instância acima do político e da vontade popular, dizendo quem é o vencedor.
Mais
absurdo ainda é a Justiça Eleitoral do Paraná ter proibido o apresentador Ratinho
de se apresentar em comícios a favor do filho, que é candidato à Prefeitura de
Curitiba.
Perguntas
que não querem calar:
Por
que Beto Richa pode fazer campanha para Luciano Ducci, e Ratinho não para seu
filho?
Por
que Gleise Hoffman pode fazer campanha para Gustavo Fruet e Ratinho não para
seu filho?
Por
que Rafael Grecca pode ser boneco de Ventríloquo de Roberto Requião e Ratinho
não pode subir no palanque de seu filho?
Na
realidade a Curitiba preconceituosa e que se olha no espelho arrotando peru após
ter comido asa de frango, busca uma forma de impedir a ascensão da liderança
popular, que Ratinho Jr. representa.
Ratinho
em seu estilo popular mandou um aviso:
"Eu quero avisar os cuecas de seda que estão
tentando me tirar do lado do meu filho, que estão mamando na teta dessa
prefeitura faz anos, que vocês estão é se cagando de medo. Porque, na hora em
que meu filho entrar na prefeitura, vai abrir aquela caixa preta, e os cuecas
de seda vão ver que a cueca deles está manchada."
Apesar
da forma pouco polida, o aviso é merecido. O filho de Ratinho, o deputado
federal Ratinho Junior (PSC), é hoje o líder das pesquisas eleitorais, em
empate técnico com o atual prefeito, Luciano Ducci (PSB), o que incomoda os
esquemas de poder hegemônico que se incrustaram na prefeitura de Curitiba há 23
anos.
Segundo
o site do UOL foi Luciano Ducci quem pediu à Justiça, na sexta-feira, que
proibisse o apresentador de comandar o comício do filho na periferia de
Curitiba, em evento agendado para o feriado.
Antes
de ser apresentador de televisão, Ratinho é pai de Carlos Massa Júnior, o
Ratinho Júnior, e a Justiça faria bem em não participar do engodo para tentar
inviabilizar a vitória do candidato popular.
Nossa
mais que preconceituosa Justiça Eleitoral acatou o pedido, pois considerou que
o uso de um artista em evento de campanha contraria a lei eleitoral, no entanto
ele não está sendo pago, ele é pai do candidato, ele é a origem do capital
eleitoral do candidato, o que não esbarra em qualquer artigo dos labirínticos
meandros de uma legislação eleitoral autoritária e antidemocrática. Os
advogados de Ratinho Junior estão recorrendo da decisão, que classificam como
"censura", mas que eu classificaria como manobra para impedir o óbvio
e para fraudar a vontade popular, porque por óbvio, Ratinho sobe no palanque do
filho como PAI.
Disse
o candidato:
"Eles estão se lascando. Estão com a máquina
da prefeitura, com a máquina do governo do Estado, e não conseguem ganhar da
gente”.
E
o PAI:
"Chega de pegar o dinheiro do povo e rasgar
para meia dúzia, que estão mamando na teta gorda da prefeitura. Chegou a hora
de entregar a prefeitura para o povo".
Já
passou da hora, está na hora de começar a reformar a política paranaense com o
fim dos esquemas de hegemonia, que se perpetuam no tempo. Quase já conseguimos
nos livrar do ogro das Araucárias, que com seu olhar esquizofrênico e sua diatribe
socialista morena, queria nos impor o desleal Grecca. Agora está na hora de
romper 23 anos de marasmos e vícios!
Nenhum comentário:
Postar um comentário