Hoje vivemos em Curitiba
muitas discussões sobre o papel da Escola Pública na Sociedade.
Muitos doutrinadores
provocam as escolas públicas para que elas assumam os papel de construtoras de
valores, que sejam as responsáveis pela construção do ser humanos que se lhes é
entregue, já que a família, assediada por necessidades materiais crescentes não
consegue transmitir os valores necessários aos filhos.
Exige-se do professor que
trate o aluno como um igual, exige-se do professor que domine todas as
tecnologias e linguagens, que assuma a responsabilidade pela violência e pelas
mazelas que ocorrem na escola, numa exigência sobre-humana.
No entanto, a valorização
do professor não é melhor hoje do que foi no passado, nem se mostra hoje uma
preocupação maior dos políticos que dizem representá-lo, porque na realidade a
escola é hoje campo de manipulações, de sujeições, para a criação de um espaço
sujeito à manipulação política.
A autoridade do professor
sucumbe dentro de conceitos diluentes politicamente corretos, que retiram do
professor a confiança e a liderança dentro da sala de aula.
Propõe-se que a escola
tenha uma linha de ideologia política, mas isso é doutrinar o aluno, é
lentamente suprimir a diversidade e impedir a alteridade. Ideologia política na
Escola é violência contra a fragilidade do aluno e contra a democracia na
sociedade.
A escola tem que ser antes
de tudo plural, e por tal não pode ter uma linha política dominante e nem pode,
prescrever um grupo de valores que nem mesmo contempla a diversidade de valores
existente entre os professores.
A dignidade do professor se
resgata com um pensar a Educação como transmissão do saber e como espaço
plural, dinâmico e absolutamente livre de obrigações que a família não pode
delegar à escola, e que o poder público não pode utilizar para perpetuar-se
como domínio político.
A insatisfação dos
professores, dos verdadeiros professores e professoras, se fundamenta na perda
da autoridade, da disciplina, da ordem, e do respeito por aquele que dedica sua
vida a construir o saber, a divulgá-lo e a informar e formar novas gerações,
que não podem e não devem sofrer uma doutrinação particular e interesseira no
Espaço da Escola.
Um Vereador responsável e
digno tem de necessariamente propor, ou ser capaz de fazê-lo, um novo modelo de
educação para Curitiba, com a valorização do professor, do saber, da educação,
da leitura e da pluralidade e liberdade política no Espaço da Escola, impedindo
a doutrinação espúria e a supressão da diversidade de valores e de concepções
políticas!
Se você também pensa assim,
proponho meu nome para representa-lo, para defender a pluralidade na Escola
Pública, e mais que tudo, libertar os professores de sujeições políticas.
Dr. Laércio, 70707!
Por e para Curitiba,
sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário