quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Medicamentos nos Postos de Saúde




Nós curitibanos lembramos que na década de 80, quando do advento da Constituição de 1988, e antes, no Governo de Álvaro Dias, o SUS universalizou o acesso e o direito à saúde.
Foi o fim da Carteirinha do INAMPS e do atendimento exclusivo a quem tinha carteira de trabalho assinada.
Uma grande conquista dos brasileiros e brasileiras de então, um resgate da cidadania traída durante o regime militar, a universalização do atendimento de saúde foi finalmente reconhecido e oferecido a toda a população.
Desde então a saúde tem sido tratada com negligência, criou-se a CPMF, aumentou-se a CPMF, extinguiu-se a CPMF e os recursos públicos para a saúde nunca vieram, nem foram suficientes em qualquer momento.
Num retrocesso incrível e aberrante, no ano de 2011 o governo federal do PT por decreto da presidente, determinou que quem não consultou no postinho, quem não tem uma prescrição de médico do SUS, não pode pegar medicamentos no serviço público de saúde.
Tal norma é injusta, tal norma é inconstitucional, tal norma é indecente.
Muitas vezes o cidadão, o curitibano especialmente, tem um trabalho que lhe confere um plano de saúde, um qualquer plano de saúde, onde ele tem opção de escolher seu médico, de escolher quem o vai atender, e tem esta escolha pelos seus méritos, pelo seu esforço, pela sua determinação de dar a sua família uma condição melhor.
Quando ele vai ao posto de saúde, mesmo ganhando um, dois ou três salários mínimos, ele não recebe a medicação porque não foi atendido no posto de saúde.
Que cidade é esta que obriga o cidadão a sobrecarregar o sistema de saúde para dar medicações que deveriam ser de distribuição universal?
Que cidade é esta que ao cidadão, que por seus méritos consegue conquistar uma condição melhor para sua família, exclusivamente por seu esforço, lhe vê negado o que lhe é de direito?
Precisamos repensar os limites do serviço de saúde, que já vem de criar uma nova carteira do SUS, de obrigar o cidadão ao atendimento regionalizado, de impedir o acesso universal aos medicamentos públicos, ou seja, estamos num tempo em que o governo que elegemos está fazendo a saúde retornar à década de 70! É isto que queremos?
Se não é o que você quer, proponho meu nome para denunciar todos estes abusos e lutar pela restituição do direito que deve ter o cidadão curitibano de receber universalmente os medicamentos adquiridos com dinheiro público.
Dr. Laércio
70707!
Por e para Curitiba, sempre!

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