sábado, 11 de agosto de 2012

Realidade Política do Vereador




Estamos em campanha! Não podemos e não devemos nos envergonhar de apresentar-se como candidatos, no entanto, encontramos tantos cidadãos honestos que torcem o nariz quando lhes falamos de política, quando nos expomos para pedir-lhe o voto. Por quê?
A primeira constatação que se faz necessária numa sempre árdua e difícil campanha para Vereadores é de que o nosso eleitor não tem clara a função do edil.
Muitas são as confusões, as incompreensões sobre a função de tão nobre representação, porque a mais próxima do eleitor, a mais próxima do povo! Não cabe ao Vereador prometer fechar valetas, colocar asfalto nas ruas, abrir postos de saúde, dar colchões e cadeiras de rodas, não é papel do Vereador ficar em seu gabinete prestando pequenos favores, fazendo serviços.
O Vereador não pode e não deve prometer aquilo que não pode e não deve fazer! Tenho visto cartazes com candidaturas de vereadores onde se lê: fulano de tal vereador, mais saúde, mais educação, mais segurança. Será que este candidato tem noção da estupidez que faz? Ele perpetua na mente popular o conhecido bordão do promete muito faz pouco! Faz pouco porque não é o Vereador que faz políticas que permitem mais saúde, mais educação e mais segurança. Está longe o seu poder de garantir quaisquer destas propostas.
Muitas vezes vemos veículos que carregam eleitores durante quatro anos com o a frase: A serviço do vereador tal. Ora, mesmo que se possa imaginar que este veículo esteja fazendo um serviço à comunidade, ele efetivamente está a serviço apenas do vereador, iludindo o cidadão de que recebe aquele transporte de graça, quando na realidade ele é feito para cooptar nossa consciência, para embotar nossa crítica política e tem um custo elevadíssimo para o eleitor, porque o Vereador que assim age, não fiscaliza o prefeito, não legisla de consciência limpa, mas antes, é um negociador de votos!
Tudo que aparentemente recebemos de graça, sai muito mais caro do que aquilo que pagamos com nossos esforços! Não há absolutamente nada de graça na vida, o que parece de graça, ou que recebemos gratuitamente, deve ter duas formas de pagamento: alguém paga por nós e tem um ganho secundário ou pagamos muito caro de forma que nem percebemos.
O Vereador deve legislar e fiscalizar, o Vereador tem a função de despertar a cidadania na população e de denunciar desmandos.
De apontar o que não pode ser feito pelo Executivo, e do que são as necessidades para que o prefeito possa atuar dentro do marco institucional da República.
Vereador que promete fazer e que presta serviços, trai a democracia e pratica um desserviço ao eleitor!
Um Vereador sério é aquele que pugna pelo fim de todo e qualquer preconceito, que luta pelo fim de todos e quaisquer privilégios, é o Vereador que do alto de sua elevada função pública propõe uma política mais séria e honesta, com a construção de um espaço político de atuação popular!
Se, você como eu, entende que um Vereador tem esta função política, e que ela é das mais relevantes, proponho o meu nome, proponho minha forma de entender o espaço público de Curitiba. Proponho que juntos possamos mostrar que somos capazes de escolher pessoas dignas de representação, pessoas que não comprem votos, e que sejam antes de tudo, merecedoras de nossa admiração e respeito!
Com isso peço um voto consciente e responsável!
Dr. Laércio
70707.
Por e para Curitiba, sempre!

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